quarta-feira, 11 de julho de 2012

As Três Perspectivas na Evangelização

Olá pessoal!

Quando falamos sobre evangelismo, precisamos nos lembrar de que existem pelo menos três perspectivas que se relacionam em termos de pessoas que estão envolvidas no processo.

1. Primeiro temos a pessoa que ainda não foi alcançada pela graça amorosa de Deus em Jesus Cristo. Estas são aquelas que se constituem no objetivo de nossa evangelização. Podem ser nossos amigos, cônjuge, parentes, companheiros de trabalho e estudo, entre outros.

Quanto a estes as Escrituras os descrevem como pessoas que estão mortas em seus delitos e pecados (Efésios 2.1-2), são cegadas espiritualmente por Satanás (2Coríntios 4.3-4), são ignorantes quanto as realidades espirituais (1Coríntios 2.14), estão perdidas como ovelhas sem pastor (Marcos 6.34), vivem apegadas ao presente século e amam o sistema do mundo caído (Tito 3.3).

Sobres estas pessoas nós precisamos nos lembrar de duas coisas pelo menos: A primeira é que a única diferença entre nós e eles é que a graça de Deus já nos alcançou e ainda não os alcançou, antes de respondermos ao evangelho éramos exatamente assim. A segunda é que vendo-os conforme a Bíblia os retrata (nossos parentes e amigos) nosso coração deve se encher de compaixão e disposição de nos relacionarmos com eles visando compartilhar o evangelho.

2. Segundo, temos Deus que está engajado neste processo da evangelelização. Na verdade Deus está agindo antes de nós em termos do evangelho, age conosco e continuará agindo depois de nós. Assim as Escrituras nos mostram que o Deus que se revela em Jesus Cristo é aquele que está sempre em busca do perdido.

A Bíblia nos diz que é o próprio Deus quem conduz as pessoas até Jesus Cristo para serem salvas (João  6.44), que é Ele quem nos dá nova vida (1Coríntios 3.6), usa da sua autoridade para capacitar a igreja a fazer discípulos (Mateus 28.18-19), deseja que toda a raça humana tenha a oportunidade da salvação (1Timóteo 2.3-4), que é o Espírito Santo quem convence as pessoas do pecado, justiça e juízo de Deus (João 16.8).

Isso mostra que só estamos envolvidos efetivamente com o trabalho de evangelização, porque o próprio Deus está em busca do perdido, é ele quem vem ao nosso encontro e nos oferece de sua graça e misericórdia através da pessoa de Jesus Cristo. Deus está o tempo todo em busca de pecadores para tranforma-los em filhos e filhas amados que o adorem em espírito e em verdade.

3. Terceiro, temos a igreja, os discípulos de Jesus Cristo, que se envolvem naquilo que o Senhor está fazendo em prol da salvação de outras pessoas. Deus tem nos dado o privilégio de participar com ele naquilo que está fazendo em favor da salvação de outras pessoas.

Por isso as Escrituras descreve os cristãos como santos, pessoas que já estão separadas em Jesus Cristo para os propósitos de Deus no evangelho (Colossenses 1.2), servos, pessoas que estão servindo a Deus na proclamação do evangelho (Atos 16.17), plantadores, pessoas que estão lançando a semente do evangelho na vida de outros (1Coríntios 3.5-6), trabalhadores da seara do Reino de Deus (Lucas 10.2), testemunhas de que Jesus Cristo está vivo (Atos 1.8), dependentes de Deus para o que estão fazendo (João 6.44)

Quanto a nossa atuação com Deus em prol de compartilhar o evangelho com aqueles que ainda não foram alcançados pela graça de Deus, devemos sempre nos lembrar de que nós trazemos Cristo as pessoas, e Deus, através do Espírito Santo, leva as pessoas a Cristo.

Será que podemos imaginar uma tarefa mais empolgante do que essa de compartilharmos com Deus a sua obra de redenção no mundo? Que o Senhor encha nosso coração de alegria e entusiasmo com essa tão sublime tarefa.

No Caminho,

terça-feira, 10 de julho de 2012

Crescimento numérico


Olá pessoal!

Gostaria de refletir com vocês aqui o porque devemos ansiar, desejar, orar e trabalhar para que nossas igrejas cresçam. Como um pastor reformado, muitas vezes me deparei com o argumento para justificar o diminuto número de membros em nossa igreja que diz que não devemos nos preocupar com números, com o tamanho, mas com a qualidade. Veja bem, eu não estou fazendo aqui uma apologia a "megas-igrejas". Na verdade eu acredito que Deus tem o interesse de produzir tudo quanto é tipo de tamanhos de igrejas diferentes. Meu argumento aqui é em prol do crescimento, seja através da multiplicação de discípulos em uma igreja local, através da plantação de novas igrejas, através da apertura de novos campus (multilocais) onde o evangelho esteja sendo pregado. Acho que muitos pastores reformados usam essa história de "qualidade" como uma desculpa para não encarar a falta de paixão, ou falta de estratégias missionais para alcançar mais pessoas. Então, meus argumentos são os seguintes em prol da busca pelo crescimento numérico de nossas igrejas:

1. Números representam pessoas! E Deus é glorificado pela conversão de seus eleitos que estão desgarrados pelo mundo. O Senhor Jesus disse que Deus é glorificado pela abundância dos frutos em nossa vida, o que certamente, inclui vermos mais pessoas se tornando discípulos como nós somos discípulos.

2. Crescimento numérico significa que um maior número de pessoas renderam suas vidas ao governo de Jesus Cristo.

3. Crescimento numérico significa que há mais pessoas aprendendo a viver a vida a partir da vida de Jesus Cristo.

4. Crescimento numérico significa que haverão mais pessoas em nossas igrejas alcançando outras pessoas e servindo outras pessoas através do amor de Jesus Cristo.

5. Crescimento numérico significa que aumentará a base para que tenhamos mais líderes sendo formados para influenciarem o mundo com os valores do Reino de Deus.

6. Crescimento numérico significa mais recursos financeiros, de dons e talentos para o desenvolvimento de mais e novos ministérios e a plantação de mais igrejas.

É claro que os motivos que dou tem como fundamento minhas convicções teológicas e missionais de que a igreja é o povo de Deus em missão no mundo. Quando compartilho o que escrevi o faço convicto de minha fé no que a igreja deve ser e não no que muitos fazem com que ela seja.

Se nós acreditamos que Deus é realmente digno de ser adorado, que ele é glorificado por cada pessoa que se rende ao seu amor gracioso manifestado em Jesus Cristo, que cada cristão deve realmente ser loucamente apaixonado pelo Senhor e ter o seu Reino como a pérola de maior valor, então, será muito simples entender que o crescimento numérico de nossas igrejas é algo que deve acontecer para a glória de Deus.

No Caminho,