segunda-feira, 20 de julho de 2009

Plena soberania


Vamos adiante, pessoal?!?
Vimos como Deus tem operado o exercício de sua soberania em nossa história, mesmo quando o ser humano pretende bani-la. Quando pensamos no que Deus fez em Cristo Jesus, através de sua morte e ressurreição, não devemos ter em mente o ser humano como o centro de todo o processo. Na verdade, o resgate do ser humano, a possibilidade que Deus nos oferece de voltar para casa, de nos colocarmos novamente debaixo de sua soberania é uma parte de algo muito maior que está acontecendo. Na verdade o que ocorre com através do que Jesus faz com sua vida, morte e ressurreição, é trazer de volta a ordem plena do Reino de Deus para todas as esferas da vida. Se não olharmos para Jesus com essa consciência de que sobre ele está a plenitude de toda a soberania de Deus, então, muitas das suas exigência soaram como abuso e intromissão. Particularmente, acho que esse é o maior problema com a mensagem do Evangelho que fazemos hoje em dia. É certo que precisamos pregar o Evangelho e que ele tem a ver com a graça de Deus, mas também é certo que esse Evangelho da Graça é o Evangelho do Reino de Deus que Jesus anunciou. E esse é o Evangelho que diz que Jesus é o Senhor soberano sobre toda a criação e como consequência disso ele chama toda a humanidade e toda a ordem criada para se colocar novamente sob seu governo, até que ele venha entregar tudo ao Pai. É com base na consciência da plena soberania de Deus que a igreja deveria viver e cumprir sua missão. Não será através de mais ensino ou de melhores programas religiosos que vamos conseguir alcançar pessoas com o Evangelho ou fazer com que as pessoas que estão na igreja sejam mais comprometidas com a vontade de Deus. Isso só acontecerá quando cada um de nós realmente entender, acreditar e submeter-se aquele que diz: "Toda autoridade me foi dada no céu e na terra..." Você acredita nisso? Se acredita, então, me responda: "Quem é que manda em sua vida?"

quarta-feira, 15 de julho de 2009

A Soberania Banida


Olá a todos!

Espero que tenham digerido o último post, seja como for, vamos continuar. Deus é soberano. E ele exerce sua soberania com a profundidade de seu amor. É em sua soberania que ele resolveu criar o ser humano, alguém que fosse feito a Sua imagem e semelhança, alguém que pudesse participar da relação de amor existente na comunidade trinitária que compõe a pessoa de Deus. Assim, Deus cria o ser humano (Adão e Eva), homem e mulher, e como os cria a sua imagem e semelhança deseja dar a eles a liberdade de permanecerem em seu relacionamento de amor com Deus ou não.

A Queda é um dos temas mais confusos que lidamos na teologia. A maioria de nós não consegue compreender o porque Deus permite ao homem pecar. O porque ele dá ao ser humano o direito de se rebelar contra ele. O porque, se Ele sabia que o ser humano iria comer do fruto do "conhecimento do bem e do mal", não simplesmente evitou, ou não permitiu que o ser humano não comece. Pois bem, vou tentar responder isso. Veja bem, vou TENTAR!

A nossa grande dificuldade com a questão da Queda é por que nós construímos nossos relacionamentos a partir do controle e do poder e não do amor. Quem ama deixa ir! E Deus ama o ser humano de tal maneira que deu ao ser humano o direito de ir. Se Deus nos obrigasse a ficar com ele, então, Ele não nos amaria de verdade e nós também não o amaríamos de verdade. É por isso que a "árvore do conhecimento do bem e do mal" é necessária e mesmo imprescindível para nossa relação com Deus.

Mas, quem ama de verdade, não só deixa ir, como também perdoa e acolhe quem partiu, quando esse volta arrependido. E novamente, Deus demonstra seu grande amor para conosco, quando não só está disposto a nos acolher de volta, como também trabalha para criar as possibilidades para esse retorno acontecer. Romanos 11.32 coloca isso dessa maneira: "Pois Deus colocou todos sob a desobediência, para exercer misericórdia para com todos." Fantástico! Veja como até na Queda o que está em foco é a soberania de Deus. A Queda não foi um acidente que pegou Deus de surpresa, ele a permitiu, e até mesmo a programou, no sentido de saber que essa seria a opção do ser humano. Mas fez isso, porque sabia que teria misericórdia para oferecer a todos que desejassem retornar.

Talvez a melhor maneira de tentar entender isso seja através da história que Jesus conta do pai e seus dois filhos em Lucas 15. Na história o filho mais novo pede ao pai a sua parte da herança, e Jesus diz que o pai divide a herança entre o filho mais novo e o mais velho. Então, não muito depois dessa partilha, o filho mais novo pega sua herança e vai embora da casa do pai. A questão é: o pai não sabia que isso iria acontecer ou poderia acontecer? A resposta é: sim, sabia. Então porque dividiu a herança? Por que não disse ao filho mais novo que não iria fazer aquilo? Por que não deu um "sermão" do filho mais novo, uma dura e mandou ele ir trabalhar?

Porque o pai sabia que o amava suficiente para deixá-lo partir se assim desejasse e que o amava suficiente para recebe-lo de volta, quando ele resolvesse voltar. Recebe-lo não como um escravo, mas como um filho. O pai reparte a herança, porque ele não queria escravos com ele, mas filhos, ele não queria ninguém com ele obrigado ou interessado no que ele tinha para dar, mas com queria que seus filhos estivessem com ele, por amor.

Bom, diante de tudo isso, qual é o ponto que se ressalta aqui? É que, o maior problema que o ser humano tem hoje, incluindo aqueles que vão a uma igreja, ou seguem alguma religião, é não reconhecer a soberania de Deus. Quando "banimos" a soberania de Deus, quando dizemos eu quero ser deus para mim mesmo, quando tolamente limitamos a Deus em sua liberdade soberana, nos tornamos escravos, mesmo que estejamos na casa do próprio Pai.

Para que a salvação tenha sentido para nossa vida, nós precisamos reconhecer que Deus nos criou para nos relacionarmos com ele, e para que essa relação seja autêntica Ele nos ama o suficiente para nos deixar ir, e nos ama o suficiente para nos aceitar de volta. Ele continua sendo o Deus soberano e em sua soberania escolheu o caminho de sua misericórdia para conosco.

Esse caminho não é uma religião, é uma pessoa, uma pessoa que se sacrificou por nós: Jesus Cristo, o Deus soberano que se fez homem.

Pense nisso!

sábado, 11 de julho de 2009

Soberania 2


Olá pessoal!
Demorei um pouco para postar de propósito. Em minha opinião o assunto que estamos tratando aqui é muito "pesado" e difícil de digerir. Portanto, desejo dar a você um tempo para pensar e repensar o que está lendo. Por que esse assunto é tão "indigesto"? Porque ele é a essência da "árvore do conhecimento do bem e do mal". É, isso mesmo! Quando o ser humano fez a opção de comer do fruto da árvore que Deus disse que não deveria ser comido, o que ele estava fazendo era dizer: "Quero ser independente de Deus". E a soberania de Deus passa justamente por esse ponto.

Reconhecer a soberania de Deus é admitir que ele tem todo o controle e todo o direito de ter o controle, sem ter que nos dar satisfação de nada. Ele é Deus. Ele é quem criou e sustenta todo o universo e ele é quem governa todo esse universo, então, quem somos nós para dizer: "Ei! Deus, quero que o Senhor faça isso assim e assim." Ou, pedir satisfação para ele de qualquer coisa que aconteça? E isso que é mais interessante, apesar de Deus ser absolutamente soberano, ele abre espaço para que eu e você nos relacionemos com ele e usufruamos de seu amor.

O problema, em minha opinião, é que confundimos a realidade do seu amor com displicência. Veja bem, Deus nos ama, mas ele continua sendo Deus e continua sendo soberano e tendo toda a autoridade no céu e na terra. E ele não vai abrir mão de seus valores e nem fazer nenhum tipo de concessão a nós, porque ele nos ama. Ao contrário! Porque ele nos ama ira nos corrigir e nos chamar ao arrependimento para que possamos viver a nossa vida conforme a sua vontade e direção absoluta.

Jesus diz: "Por que vocês me chamam de Senhor, Senhor e não fazem o que eu mando?" E ai? Que resposta você tem para dar a ele? E eu? A resposta que ele aguarda é um coração quebrantado e um espírito contrito.

No caminho....

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Soberania


Olá pessoal.
Bom, hoje eu vou tratar de um prolegômeno que faz muita gente ficar extremamente inconformada com Deus. Vamos falar sobre soberania de Deus. Esse é um tema controvertido devido ao fato de que na Queda o ser humano decretou (supostamente) a sua independência. A idéia do ser humano é que ele é um ser com vontade soberana que deve ser respeitada. No contexto da religião isso levou o ser humano a "criar" muitos "deuses" a sua imagem e semelhança. Sim, mesmo no contexto do cristianismo, e mesmo o cristianismo protestante evangélico, muito do que se pensa e se fala sobre Deus, não tem nada a ver com o Deus que se revela na Bíblia e que se revelou em Jesus Cristo. Nos capítulos 9 a 11 de Romanos, o apóstolo Paulo trata do tema da soberania de Deus. Esses capítulos são pouco lidos, pouco usados em nossas reuniões de oração, ou encontros de estudo bíblico, e não são pregados, se são, você vai contar nos dedos quem já pregou. Por falar nisso, você se lembra de ter ouvido uma pregação ou ensino desses capítulos alguma vez? Bem, em síntese o que o apóstolo Paulo diz nesses capítulos é que Deus é quem é soberano e não o ser humano. Ele faz as coisas do jeito dele e não do nosso. E ele não se deixa prender aos nossos estratagemas, como que se tivesse obrigação de responder as nossas expectativas. Uau!! Não desista agora! Não pare de ler! Quero que você pense na lógica disso. Se Deus existe, e se ele é Deus, então, não há nada mais lógico do que nós seres humanos entendermos que não podemos resistir a ele, não podemos mudá-lo, não podemos dominá-lo, não podemos brincar com ele. Conforme Paulo apresenta nesses capítulos, Deus é todo poderoso, e irresistível. Ninguém pode contê-lo. Estamos falando do Deus que criou e sustenta todo o universo. Não é a toa que muitas pessoas preferem fazer a escolha de dizer que não existe tal Deus. Para ser sincero eu me solidarizo e me simpatizo mais com essas pessoas. Sabe por que? Porque elas, pelo menos, são coerente. Se Deus não existe, então, elas podem viver do jeito que bem entender e fazer as coisas do jeito que bem entender. No final vão ter que arcar com as consequências, mas elas estão agindo de acordo com sua crença. Agora, pense comigo, duro são aqueles de nós que dizem: "Lógico que Deus existe!" Mas que continuam vivendo do jeito que bem entendem, e acham que Deus não vai se importar com isso. Meu amigo. Se Deus existe, e ele é o criador e sustentador, o Deus todo poderoso e soberano sobre tudo e todos, então, quem somos nós para discutirmos com ele? O mais sensato é obedece-lo sem nenhuma restrição. E é aqui que Paulo nos surpreende com o Evangelho. Ele nos diz que esse Deus que é todo poderoso e que poderia nos destruir, optou em exercer sua misericórdia para conosco e expressar essa misericórdia em um grandioso ato de amor. Ele nos entregou seu Filho Jesus Cristo, para que através de sua morte e ressurreição ele pudesse nos oferecer seu perdão e fazer de nós, "vasos"(uma expressão que Paulo usa no texto) de misericórdia. Esse é o grande problema que muitos de nós temos com Deus, mesmo os que estão frequentando regularmente uma igreja. Achamos que temos nossos direitos, mas que direito temos nós diante de um Deus tão poderoso? Como diz Paulo, que direto tem o vaso de reclamar com o oleiro? Bom, eu disse que ia ser da pesada....
Espero ver você pelo Caminho....

sexta-feira, 3 de julho de 2009

"Número 1"


Não, esse não é mais um dos prolegômenos que quero ver com você. Dessa vez estou escrevendo para compartilhar algo mais pessoal. Há um desenho que meu filho menor assisti que se chama "A Turma do Bairro". Nesse desenho os meninos, que formam uma equipe de um determinado bairro são classificados com identidades numéricas. Assim, tem o "Número 1", que é o líder da turma, o "Número 2", e assim por diante. Baseado nesse desenho brinco com meus filhos em casa designando-os assim: Reisy, meu mais velho, é o número 1, Yuri, o do meio, o número 2, e Hesley, meu caçula o número 3. Brincadeira de pai. Bem, estou escrevendo este post especialmente para meu filho Reisy. Por que? Hoje é seu aniversário e ele está completando 22 anos. Nossa, o tempo passou tão rápido. Eu nem o vi crescer. Quando percebi tinha um homem ao meu lado, um filho muito querido, um amigo. Tive o privilégio de treinar karatê com ele, de ensinar o pouco que sei, de passar principalmente o "espírito dos samurais" que me ensinaram a ter. Também pude ver o Reisy crescer em graça, amor por Deus e pelas pessoas e em compromisso com Jesus Cristo. A vida é engraçada, cometemos tantos erros, e eu acho que errei tanto com ele, mas Deus em sua infinita graça, tomou toda minha imperfeição e, mesmo assim, favoreceu de modo maravilhoso a meu filho. Diante de tudo o que eu poderia desejar ou deixar para meus filhos, para o Reisy, é o ensino de que nada vale mais nessa vida do que ser um homem que tenha o privilégio de conhecer a intimidade do coração de Deus. Sei que ele está nesse caminho. Sei que Jesus é a pérola de maior valor para ele. Minha oração é que nesse dia, para você, Reisy, meu filho número 1, Jesus seja sempre o seu NÚMERO 1!
OSS!

Sabedoria


Nosso prolegômeno de hoje é a sabedoria. As Escrituras Sagradas dão grande importância a sabedoria. Na verdade a sabedoria na perspectiva bíblica está diretamente ligada ao conhecimento e obediência a Lei do Senhor. Sabedoria é diferente de inteligência na perspectiva bíblica. Alguém pode ser muito astuto, ter muito conhecimento a respeito de várias coisas e ainda assim não ser uma pessoa sábia, porque seu conhecimento não a conduz a um estilo de vida que seja composto pela amizade com Deus. A essência da sabedoria, segundo as Escrituras, é o temor do Senhor. E o que é "temor do Senhor"? É você reconhecer o privilégio que é viver a sua vida em amizade com um Deus que é santo e absolutamente poderoso. É você reconhecer que ele o ama e responder a essa amor de modo responsável e comprometido. Esse é um ponto que destoa em nossa sociedade. Destoa porque para nossa sociedade amor não tem nada a ver com compromisso. Contudo, nos valores do Reino de Deus tem. É impossível amar sem se comprometer. É impossível amar sem se dar. É impossível amar sem se sacrificar. Assim, a sabedoria inicia-se pelo fato de reconhecermos que Deus nos amou tanto que se deu por nós. E esse tipo de amor gera temor, respeito, reverência em nossos corações. Gera deslumbramento e desejo de se comprometer, se doar, viver para honrar esse que se deu por nós. A partir dai começamos a desenvolver a sabedoria. Começamos a aprender que viver a nossa vida a partir das orientações da Lei do Senhor é a maneira mais sabia de viver. Então? Você é inteligente ou sábio?