segunda-feira, 29 de junho de 2009

Preciosidades


Bem...
Vamos lá pessoal! Meu prolegômeno de hoje tem a ver com o que é importante. Não apenas um pouco importante, mas o que realmente é importante para nós. Esse era um assunto que Jesus sempre tratava com as pessoas. Tratou com seus seguidores, tratou com a multidão, tratou com Marta e Maria e com o jovem rico. E trata comigo e com você. O que tenho aprendido sobre isso é que o que é importante, verdadeiramente importante, em minha vida, ganha minha atenção e minha prioridade. Amigos são importantes (veja o excelente post que minha esposa escreveu no blog "Essas Mulheres Maravilhosas" hoje). A família é importante, a saúde é importante, mas conforme Jesus nada dessas coisas devem ser mais importante do que "buscar em primeiro lugar o Reino de Deus e sua justiça". Essa é uma das maneiras de Jesus se referir a darmos total prioridade a Deus e ao nosso relacionamento com ele. Na visão de Jesus nada deveria ser mais precioso para nós do que a oportunidade de vivermos nossa vida novamente no Reino de Deus. Jesus compara isso a você encontrar uma pérola ou um tesouro mais valioso do que qualquer outra coisa e estar disposto a não perdê-lo por nada. Aqui entra meu segundo aprendizado sobre o que realmente é precioso para mim. Algo só é verdadeiramente precioso quando ele vale nosso sacrifício e nosso esforço. Por isso eu fico a pensar se realmente para muitas pessoas que dizem acreditar em Deus, crer em Jesus, se relacionar com ele, realmente o tem como alguém que é precioso para elas. Sejamos sincero, se nossa relação com Deus não exige nosso sacrifício, nossa disposição de dar o melhor, então essa relação não é preciosa. O que me espanta é que Deus não exige isso de nós, sem ter feito a parte dele. Eu e você somos preciosos para Deus. Sabe porque somos preciosos para Deus? Porque ele se sacrificou por mim e por você. Ele saiu de sua zona de conforto, ele demonstrou o quanto realmente importamos para ele ao se fazer parte de nossa história em Jesus de Nazaré e experimentar a morte para nos oferecer a vida. Então? O que é precioso para você? Deus o é?

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Prolegômenos


Prolegômenos! Que palavra mais esquisita, não?!
Essa palavra é usada tanto na filosofia quanto na teologia para se referir aos fundamentos básicos. E é sobre isso que vou procurar conversar com vocês em meus próximos posts. Conversando com meus filhos, lendo o que eles escrevem e ouvindo suas angústias e questionamentos diante do que escrevo e do que lêem, tenho percebido como o Adversário é astuto e joga com muitas estratégias contra a nossa vida. Em meu ponto de vista, o maior problema do cristianismo ocidental é a complacência com que a maioria das pessoas lidam com as coisas relacionadas a Deus. Diante desse fato o pêndulo tem oscilado de um lado para outro e extremos são assumidos na vida de muitas pessoas. Alguns, usam do subterfúgio da culpa e do medo para convencer as pessoas de que elas precisam ter uma vida de compromisso com Deus; o resultado disso é uma série de irmãos mais velhos (da parábola do chamado filho pródigo de Lucas 15) que estão frequentando as igrejas, mas se sentindo como escravos diante de Deus. Outros, ao descobrirem o coração gracioso e generoso de Deus que não teme em repartir conosco suas bênçãos (a herança da parábola), como o filho mais novo, tomam tudo em suas mãos e num descaso enorme simplesmente abandonam a casa do Pai e vão viver a suas vidas como bem entendem. Nesse ponto vejo uma grande sutileza em nossos dias, pois muitos acham que não estão fazendo isso porque continuam frequentando reuniões da igreja, mas o fazem porque não estão nem um pouco interessados em obedecer a Deus, em estarem comprometidos com as coisas do Pai, por prazer e alegria, achando que tudo é deles e que podem viver a sua vida com Deus dentro do padrão que eles estabelecem e não que Deus estabelece. Bem, dois extremos, e qual é o ponto de equilíbrio nisso? É o que o apóstolo Paulo diz: "porque o amor de Cristo nos constrange." Se não tivermos consciência do grande amor de Deus por nós e como esse amor se manifestou sacrificialmente em nosso favor através de Jesus Cristo, nós sempre vamos ser ou como o irmão mais velho ou como o irmão mais novo. Mas o modelo que devemos seguir na parábola é o do Pai. Esse modelo nos é revelado em Jesus Cristo. Pense nisso.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Devoção


Hoje eu quero falar com você a respeito de devoção. Certa vez perguntaram para Jesus qual era o maior de todos os mandamentos, ao que ele respondeu que o mais importante era esse: "Ouve, ó Israel, o Senhor, o nosso Deus, o Senhor é o único Senhor. Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma, de todo o seu entendimento e de todas as suas forças." A partir dessa resposta de Jesus fica claro que devoção é uma entrega total a algo ou a alguém. Para Jesus, o maior de todos os mandamentos era o Shema, essa declaração de que você está concentrando toda a sua vida e o melhor dela para Deus. Você é devoto? Fico surpreso em perceber como cada vez mais o poder da sociedade secular tem tomado conta de nossa vida. Nós achamos normal manter uma relação com Deus e com as coisas que envolvem a Deus de modo relapso e com descaso. A nossa repulsa, que julgo justa, por uma religiosidade vazia, muitas vezes tem feito com que, no lugar de nos tornarmos mais devotos a Deus, nos tornemos pessoas mais relapsas e irreverente para com Ele. Talvez você esteja discordando de mim, e você tem todo o direito de fazê-lo, mas permita-me fazer algumas perguntas para você, a fim de defender minha tese. Quando saímos para um restaurante, queremos chegar e ocupar um bom lugar, quando vamos para a escola ou para o trabalho, nos organizamos para chegar no horário, e procuramos dar o nosso melhor ali. Quando vamos ao cinema ou ao teatro, chegamos antes, ninguém chega na metade de um filme ou de uma peça, na verdade às vezes chegamos bem antes para, novamente pegarmos um bom lugar, porque queremos participar daquele momento usufruindo do melhor. Agora pense em como tem sido a participação das pessoas, a sua participação, em uma reunião, em um culto, em um encontro de adoração a Deus. O que tenho visto é cada vez mais as pessoas chegando mais tarde em nossos cultos, participando sem o mínimo de atenção ao que está acontecendo, e muitas vezes saindo antes da conclusão. Alguém sai do cinema antes do filme ter terminado? Bem, você pode continuar discordando de mim, mas acho que estamos caminhando a passos largos para nos tornarmos pessoas cada vez mais devotas a nós mesmos. Ouça, ó Israel.....

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Simplesmente Deus.


Olá pessoal!
Vou continuar pensando com vocês sobre a questão da simplicidade. Quando olhamos para a vida de Jesus e o que ele nos ensina, acho que podemos resumir tudo em: 'Simplesmente Deus". Sim, Jesus está nos dizendo que quando aprendermos a viver a nossa vida focado apenas em Deus, tudo o mais acontece. Eu sei, eu sei... Eu também penso isso e digo para mim mesmo, mas como isso funciona? Ou é fácil dizer, mas quero ver fazer. O problema é que nós realmente não acreditamos em todo o amor que Deus tem por nós. Duvidamos que ele realmente te o controle de todas as coisas e pode dirigir tudo em nossa vida para o bem. Não estou julgando você e nem mesmo criticando, estou apenas fazendo uma constatação quanto a questão do nosso estilo de vida. Sim, nosso! Pois eu também estou incluso nisso. Em minha opinião vivemos assim porque continuamos iludidos pela "serpente", que agora utiliza de todo um sistema social para nos convencer que não podemos viver de modo diferente daquele que estamos vivendo. Vou dar um exemplo. Vivemos em uma sociedade onde não dá para se fazer nada sem dinheiro. Ai somos iludidos com o fato de que para viver a nossa vida com segurança precisamos ter sempre mais dinheiro. A primeira parte é verdade, não podemos viver sem dinheiro; a segunda já não é, não precisamos ter cada vez mais dinheiro para viver. Eu vejo essa situação a partir da transitoriedade da vida. Hoje vivo precisando receber "x", porque tenho filhos e eles estudam, e tenho muitos gastos nesse momento da minha vida, mas amanhã, quando meus filhos estiverem formados, e com suas vidas encaminhadas, podendo cada um se sustentar, eu posso viver com "metade de x". Deu para entender? Mas a nossa sociedade quer nos convencer que precisamos garantir que no futuro estejamos vivendo com o "dobro de X" ou pelo menos com a mesma quantia que vivemos hoje. Mas, não precisamos! Se hoje eu vivo com "x" e Deus é o foco da minha vida, amanhã quando estiver liberado de algumas responsabilidades posso viver com "metade de x" e dar a outra metade para que o Reino de Deus avance. Complicado? Risos.... Será mesmo? Bom.... Jesus disse: "Uma comida tenho para comer....fazer a vontade daquele que me enviou."
Simplicidade é viver simplesmente para Deus!
Continuo seguindo pelo caminho, tentando ser um discípulo de Jesus em um mundo pós-moderno....
Até....

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Simplicidade.


Olá pessoal!

Bem, hoje vou tentar compartilhar com vocês um conceito muito complicado para nossa sociedade contemporânea que faz do material e do prazer os alvos de sua vida e adoração. Simplicidade! O que é isso? Simplicidade é uma palavra que pensamos conhecer, mas que na verdade não conhecemos. Uma pessoa simples é não é uma pessoa pobre ou inculta, é uma pessoa inteira. Na espiritualidade clássica simplicidade é uma realidade que deve atingir nossa vida com Deus, com o próximo e com as coisas. Em relação a Deus ser simples é ter um coração que é totalmente dele. É ter uma mente que não está dividida entre Deus e qualquer outra realidade. Vocês já pararam para perceber como não fazemos isso? É por isso que nossa vida é complicada. Por que nosso foco de vida não é um só. Conforme as Escrituras, e Jesus concordou com isso, o alvo de nossa vida deve ser: "Amar o Senhor nosso Deus com TODO o nosso coração, com TODO o nosso entendimento, com TODA a nossa força." Viram? TODA/TODO! Não é com parte de nós enquanto outra parte pende e se desgasta com outros interesses. Uma vida simples, é uma vida que busca o Reino de Deus em primeiro lugar. Não deixei o texto incompleto. Minha esposa costuma dizer que esse texto de Mateus 6.33 deveria ser lido assim: "Busquem o Reino de Deus em primeiro lugar e: ponto! Mais nada. Ai você diz, mas e "as outras coisas serão acrescentadas?" Esse é o nosso problema! Somos tão cegos que mesmo quando afirmamos que o que devemos fazer é buscar o Reino de Deus em primeiro lugar, o fazemos pensando que "ai as demais coisas nos serão acrescentadas". E quando fazemos isso na verdade o nosso coração não está inteiramente no Reino de Deus, em Deus, em nosso desejo por ele, mas está na idéia de que as demais coisas nos serão acrescentadas. Como se já não bastasse essa luta por termos uma vida simples com Deus, nós também precisamos viver uma vida simples com o próximo e com as coisas. Essas duas áreas dependem de vivermos uma vida simples com Deus. Sem a primeira as duas outras não acontecerão. Ter uma vida simples com o próximo significa ser autêntico, não ter uma amor fingido, mas estar completamente aberto para amar e servir a pessoa sem o desejo de receber qualquer coisa em troca. E ter uma vida simples para com as coisas, não significa não ter posses materiais, mas significa que nossa vida não está presa a nada do que possuímos. A expressão disso chama-se GENEROSIDADE! Ser generoso é a expressão prática de nossa simplicidade para com as coisas.
Pois bem, pensem um pouco nisso, enquanto seguem pelo CAMINHO....

terça-feira, 9 de junho de 2009

Ser apreciado ou ser amado?


Bem, vou tentar transformar em palavras o que está em minha mente e coração. Nem sempre é fácil fazer isso. Já perceberam? Muitas vezes as coisas estão bem claras no seu interior, mas torna-las claras para os outros nem sempre é fácil. Mas, vamos lá! Penso que a maior necessidade que temos, que o ser humano tem, é de ser amado e de amar. Fomos criados para isso. Acredito que fomos criados por um Deus pessoal que existe em uma comunidade de três pessoas que se amam o tempo todo e de tal maneira que se tornam um. Acredito que o ser humano foi criado para participar disso. Por outro lado, apesar dessa ser a nossa maior necessidade, nos desconectamos dessa fonte de amor e isso trouxe-nos sérias conseqüências. Nossa sociedade, por não saber amar, propõe que encontraremos o que procuramos se formos apreciados. Apreciação é uma busca frenética de nosso século. Queremos ser reconhecidos, queremos ser aplaudidos, queremos....., queremos ser amados! Mas, achamos que o amor é algo que vamos conquistar a medida que formos reconhecidos e apreciados. Contudo, apreciação e amor, não são a mesma coisa, e nem sempre combinam. Qual é o alvo em seus relacionamentos? Ser amado, ou ser apreciado? Bom, como disse, na minha mente isso está muito claro, mas ainda, talvez, não esteja maduro o suficiente para eu transformar em palavras, mas, está ai!!! O que pensam? O que dizem sobre isso?
Abraços,

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Servindo por amor.


Em Lucas 15.11-32 encontramos a história do pai e dos dois filhos. Nessa parábola de Jesus o pai reparte a herança entre seus dois filhos. O filho mais novo vai embora e o mais velho fica em casa e continua trabalhando e servindo ao pai. Sempre falamos do filho mais novo que retorna para casa e como o pai o acolhe, mas quero convidá-lo a pensar na atitude do filho mais velho e como o pai lidou com ela.

Apesar do filho mais velho ter ficado na casa do pai e servi-lo, ele o fazia por medo e obrigação e não por amor. Talvez achasse que tinha que de alguma maneira mostrar ao pai que era digno do seu amor, que era digno de receber a herança que o pai lhe dera. O fato é que Jesus coloca na história, nos lábios do filho mais velho, o seguinte: "Olha! Todos esses anos tenho trabalhado como um escravo ao teu serviço e nunca desobedeci às tuas ordens."

E você? E eu? E nós? Como é que enxergamos e lidamos com o privilégio de nos relacionarmos com Deus e servi-lo. Como uma obrigação? Como um esforço que temos que fazer? Com o objetivo de Deus reconhecer nosso esforço e entender que somos merecedores de suas dádivas?

Ou o fazemos por amor! Com a certeza de que o Pai, em Jesus, nos resgatou, e já nos deu tudo o que é dele? Todo seu amor, toda a sua graça e o privilégio de sua presença, e viver para glorificá-lo é um grande prazer para nós?

"Quando trabalhamos para Cristo por obrigação, parece trabalho, mas, se amamos Jesus de fato, nosso trabalho é uma manifestação desse amor, e se parece mesmo com amor." (Francis Chan).